terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Poema de desassossego.

estou calada, esperando resposta. que não vem. por saber mais sobre mim do que poderia (ou deveria), eu acabo pensando demais sobre todas as questões que me envolvem. eu não consigo ser sem existir. de um modo que agride, mesmo sem querer. de um modo que lateja, mesmo sem que eu tenha escolhido que assim seja. sendo assim, tendo uma existência complicada e pulsante, sou escrava disso ( essa coisa de ser de verdade), de existir incomodando, de estar aqui mesmo quando não deveria. meus estilhaços, eu recolho incólume, apesar da evidente contradição. e agora, sou poema de desassossego. vou partir pra não ter que sentir medo do que eu posso fazer comigo. eu me entrego, mas não sem lutar.

Estilhaço & Solidão



poesia segurada na mão não é poesia, assim como borboleta presa não pode voar.

O que não cabe em mim.

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o meu amor, que não cabe em mim ou nas palavras, não aguenta mais ser amor. ele quer mais. quer voar de mim, quer se espalhar pelas calçadas. e sinto que devo deixá-lo ir.

 
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