sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Reticências

E ele perguntou:
- E o seu bebê? Ah, já deve estar um rapaz...
E eu falei:
- Ah... o meu filho?... Ele morreu.
Sem graça, ele diz:
- Desculpa, Milena. Eu não sabia...
Eu, calmamente, respondo:
- Não, tudo bem. Acontece...
Ele, ainda sem graça, me olhou e disse:
- Faz outro...

*************

E riu mais sem graça ainda. Porque nessas horas, ninguém sabe o que dizer. E fica aquele vazio, aquelas reticências entre as frases...

Eu, sorriso amarelo, entendi.
Ele, velho conhecido que eu não via há tempos, mudou de assunto.

...

3 comentários:

Anônimo disse...

É amiga até eu que sei de toda tragedia,as vezes tenho vontade de perguntar por ele,pois não me acustumei ainda.Mas ninguem explica mesmo...Te amo muito. bem muitão.
E sua casa é tudo que há mesmo, agora sempre que de vou viver lá,há se eu ainda estudasse em Limoeiro...

Anônimo disse...

nem prcisa dizer ne
sem comentariossss
cada dia mais perfeitaaa
parabéns!!!

Anônimo disse...

... Não se esqueça do que as reticências podem fazer com a gente. Até onde elas nos podem levar...

Muito lindo, muito profundo. Sempre que eu venho por aqui, emociono-me bastante. Que DOM maravilhosos esse que você tem, de tranformar tudo em palavras, toda dor...

 
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